Ele partiu em um comboio em direção ao Aeroporto de Congonhas e segue para Brasília; presidente ficou 17 dias internado
São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro teve alta no início da tarde desta quarta-feira (13) e deixou o Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo por volta do 12h20 após 17 dias de internação.
Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de assessores, ele partiu em um comboio em direção ao Aeroporto de Congonhas.
Cerca de dez carros, acompanhados de batedores da Polícia do Exército e carros da Rota fizeram a segurança do presidente. Um helicóptero da Polícia Militar também auxiliou na segurança.
O presidente irá pegar um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para Brasília com previsão de chegada por volta de 14h30.
Ele vai direto para o Palácio do Alvorada, sua residencia oficial, mas não tem previsão de compromissos para o dia de hoje.
As informações foram confirmadas por Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, em coletiva de imprensa.
O boletim do hospital lido por ele afirma que o presidente tem “quadro pulmonar normalizado” e está sem dor, sem febre e com sua função intestinal restabelecida.
O porta-voz destacou que em nenhum momento houve suspeita de câncer, desmentindo boatos que circularam nas redes sociais.
Veja a nota completa do hospital:
“São Paulo, 13 de fevereiro de 2019 – 12:45
?O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, permaneceu internado no Hospital Israelita Albert Einstein entre os dias 27 de janeiro e 13 de fevereiro.
A programação da cirurgia eletiva de reconstrução do trânsito intestinal iniciou no dia 27 de janeiro com a avaliação clínica pré- operatória, exames laboratoriais e de imagem, encontrando-se apto para o procedimento.
Na manhã seguinte, o paciente foi submetido a uma cirurgia bem-sucedida de reconstrução do trânsito intestinal e extensa lise de aderências decorrentes das duas cirurgias anteriores. Foi realizada anastomose do íleo com o cólon transverso, que é a união do intestino delgado com o intestino grosso. O procedimento teve duração de 7 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. O resultado final do anátomo-patológico evidenciou serosite crônica, sem outras anormalidades.
Devido ao episódio de náusea e vômito em 2 de fevereiro, o paciente passou a usar uma sonda nasogástrica. Apresentou na noite de 3 de fevereiro elevação da temperatura (37,3 °C) e alteração de alguns exames laboratoriais. Foi iniciada antibioticoterapia de amplo espectro empiricamente e realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida aolado do intestino, na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e um dreno foi colocado no
local. O paciente se manteve sem dor, afebril e em jejum oral. A coleção drenada era sero-hemática e não houve crescimento bacteriano, não configurando infecção.
Nos dias seguintes, houve melhora do seu estado de saúde com redução da coleção líquida no abdome e aumento da movimentação intestinal. Isso possibilitou o início de ingestão de líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.
Em 6 de fevereiro, teve episódio isolado de febre sem outros sintomas associados, sendo submetido à tomografia de tórax e abdome que evidenciou boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia. Essa pneumonia não era associada à ventilação mecânica e possivelmente decorreu de
microaspiração de conteúdo gástrico. Foi realizado um ajuste na antibioticoterapia e mantidos os demais tratamentos.
Nos dias posteriores, a evolução clínica foi considerada boa, sem disfunções orgânicas e com melhora dos exames laboratoriais. O dreno colocado no seu abdome foi retirado pela equipe de radiologia intervencionista em 8 de fevereiro, quatro dias após sua introdução.
Devido à melhora do quadro intestinal e boa receptividade à dieta líquida, a sonda nasogástrica também foi retirada.
O quadro pulmonar progrediu de forma positiva, assim como os exames laboratoriais. Com a evolução da movimentação intestinal e aceitação da dieta líquida, foi iniciada uma dieta cremosa. A nutrição parenteral foi sendo reduzida gradativamente até sua suspensão em 11 de fevereiro, quando foi iniciada uma dieta leve e mantido o suplemento nutricional.
Durante o período de internação, realizou exercícios de fisioterapia respiratória e motora, com períodos de caminhada fora do quarto. Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas.
Recebeu alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral.
Médicos Responsáveis:?Dr. Antônio Luiz Macedo, cirurgião e médico titular
Dr. Leandro Echenique, cardiologista
Dr. Luis Fernando Aranha, infectologista
Dra. Carmen Silvia Valente Barbas, pneumologista
Dr. Celso Cukier, nutrólogo
Diretor Superintendente:?Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein”
(Com Agência Brasil)